Máquina para Processar Jatobá – 1ª Versão
Comunidade envolvida: Cooperados e técnicos da Cooperuaçu, no município de Januária-MG e entorno.
Contexto: Um produto do agroextrativismo vendido pelas cooperativas da região norte de Minas Gerais, notadamente a Cooperuaçu, é a farinha de jatobá. Ela é obtida pela quebra manual dos frutos secos e posterior processamento das sementes em peneira para a liberação da polpa farinácea que as envolve. Afim de facilitar o processo produtivo, os comunitários desenvolveram uma máquina para quebrar as cascas do jatobá e extrair a farinha ao mesmo tempo, restando somente o processo de peneiragem a ser feito posteriormente.
Funcionamento: A máquina consistia de um barril plástico com um eixo rotativo interno equipado com três marteletes metálicos. O dispositivo era acionado por meio de uma manivela, com uma transmissão de bicicleta, que acelerava a rotação do eixo com os marteletes, cujo impacto quebrava as cascas dos jatobás liberando suas sementes. A parede interna do barril era revestida com raladores que, por atrito, removiam a polpa farinácea das sementes. Após esse processo, o conteúdo era removido por uma porta no barril e peneirado, separando a farinha das cascas e sementes do jatobá.
Status: Protótipo funcional, no entanto, os marteletes terminavam moendo a casca do jatobá em pedaços muito pequenos, que passavam mesmo em peneira fina, contaminando a farinha, tornando-a imprópria para alguns usos. Uma descoberta surpreendente foi que a máquina mostrou-se ótima para descascar tamarindo, outro produto beneficiado na Cooperuaçu. Mas para o propósito inicial para o qual foi desenhada, precisava de ajustes. Posteriormente a máquina foi redesenhada e sua terceira versão encontra-se disponíveis neste website, incluindo guia de fabricação – Despolpadeira para Creme de Pequi e Farinha de Jatobá.